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Hoje eu evito qualquer coisa que possa me tirar do estado de equilibrio, qualquer coisa que possa me tira do sério, qualquer coisa que possa corromper minha paciência, que possa turvar minha visão e minha contemplação pura e ingênua. Eu evito e fujo como o diabo foge da cruz, de qualquer coisa que possa transformar meu mundinho misantrópico em coisa parecido com o que chamam de agrupamentos. Por isso mesmo eu não gosto de automoveis, dirigir me deixa estressado, me faz ficar angustiado, com raiva, muitas vezes impaciênte. Por isso mesmo eu não gosto de multidão, do alvoroço, da balbúrdia ou qualquer coisa que pareça com uma agremiação desnecessária. É por isso que evito pessoas agitadas demais no seu dia-a-dia, preocupadas demais com qualquer tolice, seja dinheiro, saúde ou emprego, que sejam angustiadas demais com eventos que não são o esperado ou que não foi igual aos seus desejos. Por isso mesmo eu não gosto dos bajuladores de plantão, dos cordeirinhos de carteirinha que seguem qualquer discurso, não gosto daqueles que tendem a se medir por regras de condutas e certos valores, como se esses fossem categóricos e infalíveis. Assim, sigo evitando o gostar demais, o desejar demais, o querer demais, o apego demasiadamente escusado. Preferiria não ser, mas se sou, que pelo menos eu passe o mais desapercebido possível dessas coisas que eu ainda consigo evitar.
AUTOR: JB

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Fachada de civilidade

"Uma fachada de civilidade esconde nossos verdadeiros interesses, é a natureza do nosso mundo, uma civilização é uma ilusão ou um jogo de faz de conta. O que é real? E o fato de nós sermos animais conduzidos por instintos básicos. Mas ao deduzir quando alguém esta falando sobre a verdade, na realidade esta falando sobre si mesmo e não sobre o mundo. Mas talvez ter uma visão diferente seja algum tipo de patologia. Mas será que isso tem cura? Pode se tomar uma pílula para me fazer ver o mundo do jeito que a burguesia vê o mundo? Uma pílula pode me ajudar a entender o Iraque, Darfur ou Nova Orleans? Talvez uma civilização desabe quando mais precisamos dela. Dependendo da situação todos somos capazes de cometer os piores crimes. Imaginar um mundo onde isso não existe onde toda crise não resulte em uma nova atrocidade, onde os jornais não estejam cheios de guerra e violência. É imaginar um mundo onde o ser humano deixa de ser humano." Dialogo do filme Invasores.
Discussões inúteis, intermináveis, agressivas. Gente defendendo as maiores asneiras, e se orgulhando disso. Pessoas perseguindo e ameaçando as outras. Um tsunami infinito de informações falsas. Reuniões, projetos, esforços que dão em nada. Decisões erradas. Líderes políticos imbecis. De uns tempos para cá, parece que o mundo está mergulhado na burrice. Você já teve essa sensação? Talvez não seja só uma sensação. Estudos realizados com dezenas de milhares de pessoas, em vários países, revelam algo inédito e assustador: aparentemente, a inteligência humana começou a cair. Leia mais em: https://super.abril.com.br/especiais/a-era-da-burrice/ 
Eu tenho medo e medo está por fora, o medo anda por dentro do meu coração. Eu tenho medo de que chegue a hora em que eu precise entrar no avião. Eu tenho medo de abrir a porta que dá pro sertão da minha solidão, apertar o botão: cidade morta, placa torta indicando a contramão. Faca de ponta e meu punhal que corta e o fantasma escondido no porão. Medo, medo. Medo, medo, medo, medo. Eu tenho medo de Belo Horizonte eu tenho medo de Minas Gerais. Eu tenho medo que Natal Vitória eu tenho medo Goiânia Goiás. Eu tenho medo Belém do Pará eu tenho medo Pai, Filho, Espírito Santo São Paulo. Eu tenho medo eu tenho C eu digo A eu tenho medo um Rio, um Porto Alegre, um Recife. Eu tenho medo Paraíba, medo Paranapá eu tenho medo estrela do norte, paixão, morte é certeza. Medo Fortaleza, medo Ceará. Medo, medo. Medo, medo, medo, medo. Eu tenho medo e já aconteceu eu tenho medo e inda está por vir. Morre o meu medo e isto não é segredo eu mando buscar outro lá no Piauí Medo, o meu boi morreu, o que ser