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Mostrando postagens de 2009
Hoje eu evito qualquer coisa que possa me tirar do estado de equilibrio, qualquer coisa que possa me tira do sério, qualquer coisa que possa corromper minha paciência, que possa turvar minha visão e minha contemplação pura e ingênua. Eu evito e fujo como o diabo foge da cruz, de qualquer coisa que possa transformar meu mundinho misantrópico em coisa parecido com o que chamam de agrupamentos. Por isso mesmo eu não gosto de automoveis, dirigir me deixa estressado, me faz ficar angustiado, com raiva, muitas vezes impaciênte. Por isso mesmo eu não gosto de multidão, do alvoroço, da balbúrdia ou qualquer coisa que pareça com uma agremiação desnecessária. É por isso que evito pessoas agitadas demais no seu dia-a-dia, preocupadas demais com qualquer tolice, seja dinheiro, saúde ou emprego, que sejam angustiadas demais com eventos que não são o esperado ou que não foi igual aos seus desejos. Por isso mesmo eu não gosto dos bajuladores de plantão, dos cordeirinhos de carteirinha que seguem qual
Summer 77 Atarantado pelos automóveis, meus olhos são varados pelo neon, degusto minhas doses de cinismo nos balcões molhados pelo vácuo. As mariconas fustigam meu corpo com olhares sórdidos, cada olhar fere fundo e cria crostas que se endurecem: até a noite acabar esses olhoares superpostos me tornaram imune. Avenida São Luíz e seus anjos turvos, supermaketing de pupilas frenéticas, sob as árvores o poder acaricia e intumesce caralhos languidos. Há pelos corpos em fila uma náusea imprecisa, eu vejo uma sinfonia de cusparadas e aprendo acordes sombrios com os quais devo ornar minhas pernas metidas num blue jeans rasgado. Meu camarada uns passos à frente negocia sua boca de estátua grega perfumada por conhaque e bafoardas com um pederasta untuoso que pilota uma reluzente máquina. Nos viemos do subúrbio numa progressão eufórica, beb emos várias cachaças & nossos corações acossados pela média preferem a autocorrosão, mas é assim que a cidade nos gosta. Eu vejo funcionarios públicos l
Hoje sinto orgulho de dizer que sou inumano, que não pertenço a homens e governos, que nada tenho a ver com a maquinaria rangente da humanidade - eu pertenço à terra! [...] Lado a lado com a espécie humana corre outra raça de seres, os inumanos, a raça de artistas que, inicitados por desconhecidos impulsos, tomam a massa sem vida da humanidade e, pela febre e pelo fermento com que a impregnam, transforma a massa úmida em pão, e pão em vinho, e o vinho em canção. Do composto morto e da escória inerte criam uma canção que contagia. Vejo esta outra raça de indivíduos esquadrinhando o universo, virando tudo de cabeça para baixo, e os pés sempre se movendo em sangue e lágrima, as mãos sempre vazias, sempre se estendendo na tentativa de agarrar o além, o deus inatingível: matando tudo ao seu alcance a fim de acalmar o monstro que lhe corroi as entranhas [...] E tudo quando fique aquém desse aterrorizador espetáculo, tudo quanto seja menos sobressaltante, menos terrificante, menos louco, men
" A roda gira mas o hamster está morto!" . Final de ano e os grandes centros, onde estão as grandes lojas e shopping center parecem um formigueiro humano. São as festas, as comemorações, as confraternizações, os votos de felicidades e prosperidade que parece acender alguma coisa que chamam de espírito natalino, ou sei lá o quê? Final de ano e a única coisa que sinto é o que sinto o ano inteiro, um asco diante das festas, onde nunca estou entregue totalmente, nunca estou livre, estou sempre travado, como se não pertencesse a isso tudo, ou ainda, que nada disso eu fizesse parte. Eu só queria mesmo é está em meu antro que eu mesmo criei, observando apenas, como um preguiçoso telespectador deitado no sofá, entendiado com a programação que só lhe causa sonolência. Final de ano e minha caixa de email está abarrotada de mensagens singelas dos colegas, da mensagens pretenciosas do comercio e suas planfetagens, das mensagens dos meus chefes esdrúxulos. Eu já estava de saco cheio diant
Todas as vezes em que chego no meu emprego eu penso - o que é que eu estou fazendo aqui? - não é questão de trabalhar em ambiente insalubre, longe disso, também não diz respeito ao colegas, ou os que estão em minha volta, a questão é simplesmente que estou fazendo o que todos fazem, diante disso tudo que nos foi imposto e nos foi colocado goela abaixo, obrigando uns cem números de pessoas a ficarem como todo mundo, correndo atrás do próprio rabo como um cão danado, buscando ganhar mais para consumir mais, produzir para precisar sempre e cada vez mais ficamos com o pesadelo diário de que nada é necessariamente suficiente para nos. Agora buscamos relacionamento onde o outro precisa ter, antes de tudo, antes do tesão, antes do amor, antes da afinidade, uma boa conta bancária, ou pelo menos com uma boa perspectiva dela, isso é que fala mais alto, agora queremos os empregos que pagam mais, não tem mais nada haver com talento ou vocação, que isso vá as favas. Educamos nossos filhos para ser
Eu tenho medo e medo está por fora, o medo anda por dentro do meu coração. Eu tenho medo de que chegue a hora em que eu precise entrar no avião. Eu tenho medo de abrir a porta que dá pro sertão da minha solidão, apertar o botão: cidade morta, placa torta indicando a contramão. Faca de ponta e meu punhal que corta e o fantasma escondido no porão. Medo, medo. Medo, medo, medo, medo. Eu tenho medo de Belo Horizonte eu tenho medo de Minas Gerais. Eu tenho medo que Natal Vitória eu tenho medo Goiânia Goiás. Eu tenho medo Belém do Pará eu tenho medo Pai, Filho, Espírito Santo São Paulo. Eu tenho medo eu tenho C eu digo A eu tenho medo um Rio, um Porto Alegre, um Recife. Eu tenho medo Paraíba, medo Paranapá eu tenho medo estrela do norte, paixão, morte é certeza. Medo Fortaleza, medo Ceará. Medo, medo. Medo, medo, medo, medo. Eu tenho medo e já aconteceu eu tenho medo e inda está por vir. Morre o meu medo e isto não é segredo eu mando buscar outro lá no Piauí Medo, o meu boi morreu, o que ser
Carrego comigo o fardo do terrível. Daquela coisa incompleta, daquele sentimento inconcebível à muitos, carga de dores e temeridade, como um cão que foi acuado e está prestes a ser espancado, humilhado e abandonado. Carrego as dores do mundo, o espaço infinito de sensações grotescas e sentimentos imperfeitos. Como aquela coisa que se vê em um déjà vu apenas. Sobra-me a sombra de uma coisa da qual não sei explicar, essa sombra da qual me diz e que não consigo decifrar, por não conseguir obter o máximo do espaço e do tempo limitado ao meu ser. Carrego apenas a triste constatação de que haveria sim alguma coisa, coisa que estarei sempre fadado a não conhecer, nem tão pouco experienciar, tal qual um peixe dentro d’água, que um dia pensou que estava vivendo como seres rastejantes. AUTOR:JB
Decepção, grande decepção esses ídolos de papel de uma geração fútil, insignificante, leviana, efémera e volúvel. Eles simplesmente não fazem nada de novo, nada de diferente a não ser conservar seus feitos em busca do dinheiro que ajuda ao seu consumismo barato. Foi decepcionante o episodio do sumiço de Belchior, maior ainda foi ser encontrado. Decepcionante é esses políticos da capital do Brasil, decepcionante são esses romances de novela, decepcionante são essas mulheres, são os homens, são os ideais que eles se apegam, e como se apegam a tão decepcionante história. Decepcionante é essa vontade que alguns tem de viver um "final de novela" que não existe! É bucólico, quase regurgitante vê e sentir isso tudo. É decepcionante saber que o homem continua sendo a mesma coisa, tendo os mesmos desejos, os mesmos sentimentos, as mesmas atitudes que se esperaria de qualquer macaco bobo com roupas. Mas cobre com um véu à esses incautos de espírito de porco, esses ineptos em atividade,
Eu fecho meus olhos, apenas por um momento e o momento desaparece. Todos os meus sonhos passam na frente dos meus olhos em curiosidade. Poeira no vento Tudo o que eles são é poeira no vento. A mesma velha música Apenas uma gota de água num mar sem fim. Tudo o que nós fazemos despedaça-se no chão embora nos recusemos a enxergar. Poeira no vento Tudo o que nós somos é poeira no vento. Não se segure, nada dura para sempre a não ser a terra e o céu Deslizam para fora e todo o seu dinheiro não vai comprar mais um minuto Poeira no vento, tudo o que somos é poeira no vento Poeira no vento, todas as coisas são poeira no vento Traduçao da musica - dust in the wind
E as cervejas... Essa adoravel sedutora de gosto amargo que tento evitar e não consigo. Bebida da qual me é a única amiga para as horas em que estou insalubre com a minha vida. Tentei, como tentei deixar esse deleite, mas como poderia ser possível ignorar a única coisa que me faz aceitar os fracassos, angustias e minhas dores, mesmo que seja por momentos, simples momentos, como se ela fosse a única fuga, a única solução, a única dose de ilusão, da falsa fantasia, diante de minhas tristes verdades, das únicas verdades. Os monstros que acompanham-me quando estou embriagado estão a espreita esperando meu único vacilo, eles me acompanham, me amedrontam e me atordoam, mas sigo mesmo assim, tentando vez ou outra tomar as rédeas dos meus caminhos, sem me preocupar com tudo que eles me fazem, mas só quando estou sóbrio. AUTOR: JB
Ando pelo mundo e não consigo deixar de ter a impressão de que sou um peixe fora d água. Vejo todas essas pessoas andando para cima e para baixo, buscando, querendo, sonhando e esperando coisas que não me motiva. Vejo todas essas pessoas que parecem saber exatamente o que são e o que querem, e eu, totalmente apático, sem graça, sem rumo, sem esperança na minha e na vida das outras pessoas. Ando olhando o mundo e não consigo ser tal qual os meus semelhantes, como se eu não tivesse a capacidade de me socializar, de me incorporar e aceitar meu próprio estado de espécie aborrecida, busquei e me perdi em filosofias...há filosofias vãs, inúteis e amargurantes filosofias, quem me dera não mais questionar e apenas entender... Está no meio de todos e me sentir tal qual como eles! AUTOR: JB
Desta forma, a massa de homens serve ao Estado não na sua qualidade de homens, mas sim como máquinas, entregando os seus corpos. Eles são o exército permanente, a milícia, os carcereiros, os policiais, posse comitatus , e assim por diante. Na maior parte dos casos não há qualquer livre exercício de escolha ou de avaliação moral; ao contrário, estes homens nivelam-se à madeira, à terra e as pedras; e é bem possível que se consigam fabricar bonecos de madeira com o mesmo valor de homens desse tipo. Não são mais respeitáveis do que um espantalho ou um monte de terra. Valem tanto quanto cavalos e cachorros. No entanto, é comum que homens assim sejam apreciados como bons cidadões. Há outros, como a maioria dos legisladores, políticos, advogados, funcionários e dirigentes, que servem ao Estado principalmente com a cabeça, e é bem provável que eles sirvam tanto ao Diabo quanto a Deus - sem intenção -, pois raramente se dispõem a fazer distinções morais. Há um número bastante reduzido que ser
"Cumpriu sua sentença. Encontrou-se com o único mal irremediável, aquilo que é a marca do nosso estranho destino sobre a terra, aquele fato sem explicação que iguala tudo o que é vivo num só rebanho de condenados, porque tudo o que é vivo, morre." AUTOR: Ariano Suassuna
Com meus olhos de cão paro diante do mar. Trêmulo e doente. Arcado, magro, farejo um peixe entre madeiras. Espinha. Cauda. Olho o mar mas não lhe sei o nome. Fico parado em pé, torto, e o que sinto também não tem nome. Sinto meu corpo de cão. Não sei o mundo nem o mar à minha frente. Deito-me porque o meu corpo de cão ordena. Há um latido na minha garanta, um hurro manso. Tento expulsá-lo mas homem-cão sei que estou morrendo e que jamais serei ouvido. Agora sou espírito. Estou livre e sobrevôo meu ser de miséria, meu abandono, o nada que me coube e que me fiz na Terra. Estou subindo, úmido de névoa. AUTORA: Hilda Hilst
"... sabia que tinha alguma coisa fora do lugar em mim. Eu era uma soma de todos os erros: bebia, era preguiçoso, não tinha um deus, idéias, ideais e nem me preocupava com política. Eu estava ancorado no nada, uma espécie de não-ser. E aceitava isso. Eu estava longe de ser uma pessoa interessante. Não queria ser uma pessoa interessante, dava muito trabalho. Eu queria mesmo um espaço sossegado e obscuro para viver a minha solidão. Por outro lado, de porre, eu abria o berreiro, pirava, queria tudo e não conseguia nada. Um tipo de comportamento não se casava com o outro. Contudo, pouco me importava..." AUTOR: Charles Bukowski
É preciso estar sempre embriagado. Aí está: eis a única questão. Para não sentirem o fardo horrível do Tempo que verga e inclina para a terra, é preciso que se embriaguem sem descanso.Com quê? Com vinho, poesia ou virtude, a escolher. Mas embriaguem-se. E se, porventura, nos degraus de um palácio, sobre a relva verde de um fosso, na solidão morna do quarto, a embriaguez diminuir ou desaparecer quando você acordar, pergunte ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que flui, a tudo que geme, a tudo que gira, a tudo que canta, a tudo que fala, pergunte que horas são; e o vento, a vaga, a estrela, o pássaro, o relógio responderão: "É hora de embriagar-se! Para não serem os escravos martirizados do Tempo, embriaguem-se; embriaguem-se sem descanso". Com vinho, poesia ou virtude, a escolher. AUTOR: Baudelaire
Nunca conheci quem tivesse levado porrada. Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo. E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil, Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita, Indesculpavelmente sujo. Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho, Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo, Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas, Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante, Que tenho sofrido enxovalhos e calado, Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda; Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel, Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes, Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar, Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado Para fora da possibilidade do soco; Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas, Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo. Toda a gente que eu conheço e que fala co
Bebi! Mas sei por que bebi!... Buscava em verdes nuanças de miragens, ver Se nesta ânsia suprema de beber, Achava a Glória que ninguém achava! E todo o dia então eu me embriagava - Novo Sileno, - em busca de ascender A essa babel fictícia do Prazer Que procuravam e que eu procurava. Trás de mim, na atra estrada de trilhei, Quantos também, quantos também deixei, Mas eu não contarei nunca a ninguem. A ninguem nunca eu contarei a história Dos que, como eu, foram buscar a glória E que, como eu, irão morrer também. AUTOR: Augusto dos Anjos
Terminar sozinho no túmulo de um quarto sem cigarros nem bebida- careca como uma lâmpada, barrigudo, grisalho, e feliz por ter um quarto. ...de manhã eles estão lá fora ganhando dinheiro: juízes, carpinteiros, encanadores , médicos, jornaleiros, guardas, barbeiros, lavadores de carro, dentistas, floristas, garçonetes, cozinheiros, motoristas de táxi... e você se vira para o lado pra pegar o sol nas costas e não direto nos olhos. AUTOR: Charles Bukowski
Há doenças piores que as doenças, Há dores que não doem, nem na alma Mas que são dolorosas mais que as outras. Há angústias sonhadas mais reais Que as que a vida nos trás, há sensações Sentidas só com imaginá-lãs Que são mais nossas do que a própria vida. Há tanta coisa que, sem existir, Existe, existe demoradamente, e demoradamente é nossa e nós... Por sobre o verde turvo do amplo rio Os circunflexos brancos das gaivotas... Por sobre a alma o adejar inútil Do que não foi, nem pode ser, e é tudo. Dá-me mais vinho, porque a vida é nada. AUTOR: Fernando Pessoa
O coração, se pudesse pensar, pararia... Considero a vida uma estalagem onde tenho que me demorar até que chegue a diligência do abismo. Não sei onde me levará, porque não sei nada. Poderia considerar esta estalagem uma prisão, porque estou compelido a aguardar nela; poderia considerá-la um lugar de sociáveis, porque aqui me encontro com outros. Não sou, porém, nem impaciente nem comum. Deixo ao que são os que se fecham no quarto, deitados moles na cama onde esperam sem sono; deixo ao que fazem os que conversam nas salas, de onde as músicas e as vozes chegam cómodas até mim. Sento-me à porta e embebo meus olhos e ouvidos nas cores e nos sons da paisagem, e canto lento, para mim só, vagos cantos que componho enquanto espero. Para todos nós descerá a noite e chegará a diligência. Gozo a brisa que me dão e a alma que me deram para gozá-la, e não interrogo mais nem procuro. Se o que deixar escrito no livro dos viajantes puder, relido um dia por outros, entretê-los também na passagem, será
Não sei mais o que fazer a noite acabou. As luzes já vão acender e com elas, solidão. A vida aqui nesta cidade é buscar a diversão. Nos bares vendem mil venenos e as pessoas estão fantasiadas, e eu não sei se o que vivi foi ilusão ou teve mesmo importância, acho que não me deram atenção. Não me deram atenção, não! Volto pra casa sentindo frio sem saber se, hoje, choro ou sorrio amanhã, quando acordar, eu decido. Mas a vida ainda me pertence embora todos possam ir embora Ainda que estejam na vinda e eu na volta. AUTOR: (MUSICA) Biquini Cavadão
A ilusão de esperança e renovação a cada entrada de um novo ano não me ajuda muito em minhas desilusões. Continuo, e nem sei o por que continuo, vivendo dentro da minha agonia e tristeza. Estive, é fato, sempre a margem de alguma coisa que, por não ter encontrado, não sei bem do que se trata, mas parece que esse algo está ali, do lado, do meu lado e eu não consigo entender. Estou sempre a mercê da vida pura e simples que insiste em me empurrar para longe de qualquer coisa. Mas esses são meus últimos dos piores dias da minha vida, sem levar em conta a pura e simples indedicação prestada aos outros. AUTOR: JB