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Mostrando postagens de dezembro, 2008
Vou ao balcão. Peço uma cerveja em lata. O ano é início de 2005, eu acho. Ficou ali observando as pessoas como se eu fosse apenas um telespectador sem um controle remoto nas mãos, sem interação com o meio, e eu me odeio por isso. Ainda há pouco eu estava envolto a um tipo de euforia que a muito eu não sentia. Eu estava olhando o céu estrelado e achando o máximo, sentindo toda uma adrenalina invadindo meu corpo. Estava pronto para extravasar ao mundo. Minha cerveja está acabando, assim como a minha euforia de agora a pouco, penso nas mulheres, peço uma coca-cola, sei que se eu continuar bebendo farei uma das minhas inúmeras e pecaminosas situações de desdouro, e isso é quase certo, assim como é quase certo que o sol nascerá amanhã. Ela acabou de chegar junto aos seus. Alguém lhe diz que estou no balcão, ela não me procura com os olhos, dissimula uma indiferença e continua falando, puxa vida, como algumas mulheres falam!. Logo ela levanta e com a intenção de ir ao banheiro, passa pelo ba
Eu vi a vida passar, ela parecia querer me falar de outras coisas, e eu não entendi... No quê eu me transformei? Sem sonhos; desejos; sentindo na pele o mal- estar da civilização na modernidade Freudiana, com um agravante, coloquei uma máscara que não consigo tirar, tal qual dizia Fernando Pessoa, " Envelheci e quando quiz tirar a máscara já estava pregada no rosto ". Me transformei no homem moderno codificado, sem saber viver as margens desta cultura nem se entregando aos apelos da modernidade, e no entanto, ela também não faz seu papel em me absorver. Serei um eterno incauto por não buscar de carona os sonhos e desejos de outros, e vivendo-os como se fossem meus? Será que eu realmente preciso deles? Amputo-me de qualquer tipo de idolatria e isso me faz mal. Vou sobrevivendo com minhas dores e mágoas de coisas que, por não saber andar às margens da sociedade, me deixei levar por ondas fortes demais para eu nadar. Fui do zero ao cem quando deveria está no meio. " A virtu