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Os aliens

 
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A gente se acostuma...

 

Fernando Pessoa - Relembrar

 

Quebrando o Hábito

  Memórias consomem como feridas abertas eu estou me isolando de novo  Vocês supõem que eu estou salvo aqui no meu quarto a menos que eu comece de novo Eu não quero ser o único que as batalhas sempre escolhem Porque por dentro eu compreendo que eu sou o único confuso Eu não sei pelo que vale lutar ou porque eu tenho que gritar Eu não sei por que eu instigo e falo o que eu não quero Eu não sei como eu cheguei a esse ponto Eu sei que isso não está certo  Então estou quebrando o Hábito Estou Quebrando o Hábito esta Noite. Agarrando minha cura trancando bem a porta tentando respirar de novo, dói muito mais Como nunca antes  eu não tenho mais opções de novo Eu não quero ser o único que as batalhas sempre escolhem porque por dentro  Eu compreendo que eu sou o único confuso Eu não sei pelo que vale lutar ou porque eu tenho que gritar Eu não sei por que eu instigo e falo o que eu não quero Eu não sei como eu cheguei a esse ponto Eu nunca estarei bem Então estou quebrando o Hábito Estou Quebran

Eu preciso falar!

Século XXI, onde tudo é comum. Policial que confundiu nego com traficante e matou.  Foda-se. Era só mais um. Esse é o Brasil e esse aqui, é meu povo. Eu aposto 100 mil contigo que amanhã ele confunde de novo. Amanhã, depois e novamente. De 10 traficante que morre, 9 é inocente, mas  como ser traficante e inocente ao mesmo tempo na vida? É só dizer que é traficante e pronto! Todo mundo acredita, até eu acredito no que foi dito pelo supremo veredito. E ai de mim de não acreditar, talvez não passe nem mais  um dia vivo. Mas eu sou traficante também, heim!? Representante de Coelho Neto.  A minha índole é a leitura e meu fuzil é o papo reto. Século XXI, onde tudo é comum. Onde o rico só escutam aplausos e eu escuto PA TUM! Onde o rico dorme feliz ao mar em suas ondas sucintas. Enquanto meu despertador é uma glock com o pente de 30. Mirada no alto, tem sangue no asfalto e uma bela senhora de saldo. Novamente a PM confundiu um simples abraço com um grande assalto. Eu tenho pergunta dentro de
Discussões inúteis, intermináveis, agressivas. Gente defendendo as maiores asneiras, e se orgulhando disso. Pessoas perseguindo e ameaçando as outras. Um tsunami infinito de informações falsas. Reuniões, projetos, esforços que dão em nada. Decisões erradas. Líderes políticos imbecis. De uns tempos para cá, parece que o mundo está mergulhado na burrice. Você já teve essa sensação? Talvez não seja só uma sensação. Estudos realizados com dezenas de milhares de pessoas, em vários países, revelam algo inédito e assustador: aparentemente, a inteligência humana começou a cair. Leia mais em: https://super.abril.com.br/especiais/a-era-da-burrice/ 

Formigueiro Digital finalizado

É disso que se trata Antunes.... PROJETO FORMIGUEIRO DIGITAL SUMÁRIO A Intencionalidade e o evento no mundo digital A Intencionalidade e a mente, seu significado no mundo digital Como funcionar a Mente? no mundo digital Como se dá a tomada de decisão frente a um evento?  Como dosar as recompensas e perdas na decisão? Como transfigurar a decisão em evento de projeção? Como projetar um evento em escala futura? Como aprender com eventos passados? PREFÁCIO Um artefato foi lançado em um planeta inóspido com o objetivo de procurar por matéria prima de alguma ordem. Esse artefato necessita de uma adaptação do meio e lidar com situações ora não imaginadas mas que são reais. A tomada de decisão deste artefato é que fará a diferença entre efetuar sua programação e buscar frente aos desafios, sua função primordial. Esse artefato não necessita de um ambiente que os seres biológicos conhecidos precisam, ele é autônomo em suas decisões, e consegue efetuar ações baseado na sua intencionalidade, capaz
  Quando ando no meio de outras pessoas não me sinto bem. O que elas falam e o entusiasmo que demonstram nada têm a ver comigo. O mais curioso é que é justamente quando estou na companhia delas que me sinto mais forte. Me vem a ideia seguinte: se podem existir só com esses fragmentos de coisas, então eu também posso. Mas é quando estou sozinho e todas as comparações se reduzem a mim mesmo contra as paredes, contra a minha própria respiração, contra a história, contra o meu fim, que começam a ocorrer coisas estranhas. Sou evidentemente um sujeito fraco. Experimentei ler a bíblia, os filósofos, os poetas, mas pra mim, de certo modo, erraram de alvo. Ficam falando de uma coisa completamente diversa. Por isso há muito tempo desisti de ler. Encontro um pouco de conforto na bebida, no jogo e no sexo e dessa forma me assemelho bastante a qualquer membro da comunidade, da cidade e do país; a única diferença é que não tenho o menor interesse em “vencer”, constituir família, ter casa própria, u
Minha vida parou. Eu podia respirar, comer, beber, dormir, porque não poderia ficar  sem respirar, sem comer, sem beber, sem dormir; mas não existia vida, porque  não existiam desejos cuja satisfação eu considerasse razoável.  Se eu desejava algo, sabia de antemão que, satisfizesse ou não meu desejo, aquilo não daria em nada.  Se uma bruxa aparecesse e oferecesse satisfazer meus desejos, eu não  saberia o que pedir. Se em mim, em momentos de embriaguez,  não havia desejos, propriamente, mas apenas hábitos de desejos antigos,  em momentos de sobriedade eu sabia que aquilo era ilusão, que eu  não desejava nada.  Nem descobrir a verdade eu conseguia mais desejar,  porque já adivinhava o que era. A verdade era  que a vida não tem sentido algum. Tolstoi. 
MAN
HAPPINESS

By JB.

Meu deus, você consegue se lembrar de quando entrou para a escola? Você foi para o jardim de infância, e no jardim de infância a idéia é te preparar para chegar à primeira série e continuar a preparação para chegar à 2a. série, 3a. série, sempre subindo e subindo... E então você foi para o ensino médio e está foi uma grande transição em sua vida, e a pressão foi se acumulando, você tinha que continuar subindo... Precisava passar por todos os níveis e finalmente ser bom suficiente para ir para a faculdade, e ao entrar na faculdade você continua subindo, degrau por degrau, até chegar no momento em que você está pronto para sair e encarar o mundo, e então quando você depara com esse mundo, vem a luta pelo sucesso do seu negócio ou profissão, e novamente isso parece ser uma escada a sua frente, você, sempre tentando chegar a algo. E então, de repente quando você já está com 40 ou 45 anos, no meio da vida, você acorda um dia e diz... Ahn ? - Eu cheguei, e me sinto da mes

A verdade

Depois de vê a verdade, um homem não pode voltar à escuridão ou se cegar, depois de ter o dom da visão, assim como não pode voltar ao útero. Somos a única espécie capaz de refletir sobre sí mesma. A única que, no código genético, tem a toxina de duvidar de si mesma. Desiguais em nossos dons, construimos, compramos e consumimos. Nos envolvemos na ilusão do sucesso material. Trapaceamos e enganamos conforme galgamos o pinacúlo do que definimos como sucesso: Superioridade a outros homens. Ha uma doença em cada um de nós, fazemos de tudo para negar sua existência, nos enredando em mentiras e distrações, até que um dia, o corpo se rebela contra a mente e grita: Eu não estou bem. Um homem não pode deixar de ver a verdade. Um homem não pode deixar de reconhecê-la. Ele não pode voltar à escuridão, ou de se cegar depois de ter o dom da visão. Assim como não pode voltar ao útero. filme: a cura
Então, o que aconteceu com o mundo que o normal se tornou excelência? Quando diminuímos nossos padrões? Não parece haver motivação ir além ou superar o que se pode saber. Ou eu esperaria saber. Parece que as pessoas estão confortáveis com sua própria ignorância. Quão baixo nós caímos. De fato, quão baixo nós caímos. Nós vivemos em um ambiente em que as pessoas são cegas! Olhos que não vêem, coração que não sente. Se eu não vejo isso, não existe. Agora, a ignorância é a nova norma. De fato, ignorância... Ignorância é a nova excelência. Quanto menos você sabe, Mais você parece ganhar. A indiferença é considerada prudente. Quando subtraímos o amor de qualquer equação, para qualquer situação,  para qualquer local, o resultado é sempre dor e sofrimento para todas as partes. Portanto, temos que reincorporar o amor à equação. Amor. Trecho do filme As Viúvas.
Vivemos em um mundo destituído  de significado estável e confiável. Há uma decadência na arte do diálogo, e  substituíram o mútuo comprometimento pelas técnicas do desvio.  É a incerteza existencial enraizada nos laços  sociais. Zygmunt Bauman.
Sócrates — Em verdade, Céfalo, eu aprecio conversar com os velhos. Penso que devemos aprender com eles, pois são pessoas que nos antecederam num caminho que também iremos trilhar, para assim conhecermos como é: áspero e árduo ou tranquilo e cômodo. Com certeza, ser-me-ia agradável conhecer tua opinião, porquanto já alcançaste a fase da existência que poetas denominam “o limiar da velhice”. Como julgas este momento da tua vida? Céfalo — Agrada-me, Sócrates, expressar meu pensamento. Cultivo o hábito de encontrar-me com pessoas da mesma idade. Muitos de nós lamentam-se, recordam os prazeres da juventude e, ao lembrar do amor, da bebida, da boa comida e de outros prazeres, atormentam-se como pessoas privadas de bens notáveis, que em outra época viviam bem e que, agora, nem ao menos vivem. Vários manifestam pesar pelas ofensas oriundas dos parentes e imputam à velhice a causa de tantos sofrimentos. Contudo, em meu modo de ver, Sócrates, eles se enganam a respeito da verdadeira causa
Estive durante muito tempo doente. Um amigo me perguntou, pq não vou beber no “BAR DA BOA”. Não respondi naquele momento pois ainda estava doente. Mas hoje, me parece que as coisas me são apresentadas de forma transparente, como se eu tivesse visto a verdade atrás do palco. Então eu posso responder agora. Eu não vou no “BAR DA BOA” porque lá tem banheiros limpos, lá a cerveja é sempre gelada, lá o tira gosto é bom, lá existem pessoas bonitas, bem vestidas, sendo atendidas por garçons que estão sempre em pronto atendimento. Eu não vou no “BAR DA BOA” porque eu sou da rua, vim do gueto, bebo em distribuidores de bebidas, bebo na marquise onde não tem banheiro, onde o churrasco nem sempre é o do dia, onde a cerveja é aquela que nem sempre está gelada, mas ambiente. Não me interesso em pessoas bem vestidas, bonitas, sou bukowskiano, tento achar uma beleza no sorriso, nas pernas bem   torneadas, nos olhos vermelhos de bebida das mulheres. Não me interessa as pessoas bem su

Fachada de civilidade

"Uma fachada de civilidade esconde nossos verdadeiros interesses, é a natureza do nosso mundo, uma civilização é uma ilusão ou um jogo de faz de conta. O que é real? E o fato de nós sermos animais conduzidos por instintos básicos. Mas ao deduzir quando alguém esta falando sobre a verdade, na realidade esta falando sobre si mesmo e não sobre o mundo. Mas talvez ter uma visão diferente seja algum tipo de patologia. Mas será que isso tem cura? Pode se tomar uma pílula para me fazer ver o mundo do jeito que a burguesia vê o mundo? Uma pílula pode me ajudar a entender o Iraque, Darfur ou Nova Orleans? Talvez uma civilização desabe quando mais precisamos dela. Dependendo da situação todos somos capazes de cometer os piores crimes. Imaginar um mundo onde isso não existe onde toda crise não resulte em uma nova atrocidade, onde os jornais não estejam cheios de guerra e violência. É imaginar um mundo onde o ser humano deixa de ser humano." Dialogo do filme Invasores.

Diário de bordo I

Existe uma coisa curiosa neste mundo moderno. Estamos em meio a tanta informação que essa quantidade exagerada e sem um controle para adquiri-los, faz com que se crie um ser humano codificado com um tipo de conhecimento digno de ser estúpido. A grande massa de informações, que vem como tiro por todos os lados dos seus sentidos, acentuando a isso uma grande quantidade de resposta que ele é obrigado a dá, mais um tanto outro de perguntas para suas ações diárias que, não se admira que esse homem não passa de um compilador sem inteligência. Não há tempo hábil para que esse homem reflita sobre o que ele consome, esse alimento lhe chega a boca e nem chega a ser degustado. Logo ele apenas vomita o que acabou de engolir. Não há neste mundo homens de verdade? Seres pensantes? Será que todos eles se esconderam em mascaras e atrás da gaia ciência aplicada? Onde podemos encontrar os filósofos de outrora? Viveremos décadas diante deste silencia intelectual? Acredito que eles estarão embebedando-se

Reflexões sobre o homem

O homem é um animal irracional, exatamente como os outros. A única diferença é que os outros são animais irracionais simples, o homem é um animal irracional complexo. É esta a conclusão que nos leva a psicologia científica, no seu estado atual de desenvolvimento. O subconsciente, inconsciente, é que dirige e impera, no homem como no animal. A consciência, a razão, o raciocínio são meros espelhos. O homem tem apenas um espelho mais polido que os animais que lhe são inferiores. Sendo assim, toda a vida social procede de irracionalismos vários, sendo absolutamente impossível (exceto no cérebro dos loucos e dos idiotas) a idéia de uma sociedade racionalmente organizada, ou justiceiramente organizada, ou, até, bem organizada. A única coisa superior que o homem pode conseguir é um disfarce do instinto, ou seja o domínio do instinto por meio de instinto reputado superior. Esse instinto é o instinto estético. Toda a verdadeira política e toda a verdadeira vida social superior é uma simples que

Salvar o Planeta

Mudar os hábitos para tentar salvar o planeta é “uma bobagem”, na opinião de um dos mais conceituados especialistas em meio ambiente no mundo, o britânico James Lovelock, para quem a Terra, se for salva, será salva por ela mesma. “Tentar salvar o planeta é bobagem, porque não podemos fazer isso. Se for salva, a Terra vai se salvar sozinha, que é o que sempre fez. A coisa mais sensível a se fazer é aproveitar a vida enquanto podemos”, afirmou Lovelock em entrevista à BBC. O cientista de 90 anos é autor da Teoria de Gaia, que considera o planeta como um superorganismo, no qual todas as reações químicas, físicas e biológicas estão interligadas e não podem ser analisadas separadamente. Considerado um dos “mentores” do movimento ambientalista em todo o mundo a partir dos anos 1970, Lovelock é também autor de ideias polêmicas como a defesa do uso da energia nuclear como forma de restringir as emissões de carbono na atmosfera e combater as mudanças climáticas. Gatilho Para Lovelock, a humanid
“Há pessoas para quem as melhores coisas não funcionam. Elas podem estar vestidas com uma roupa de caxemira, que terão sempre a aparência de mendigos; podem ser ricas, mas serão endividadas; ser grandes, mas nulidades no basquete. Eu hoje me dou conta de que pertenço à espécie das que não conseguem beneficiar-se das suas vantagens, aquelas para quem tais vantagens chegam a ser inconvenientes. [...]A inteligência é um erro da evolução. No tempo dos primeiros homens pré-históricos, posso imaginar perfeitamente bem, no seio de uma pequena tribo, todos os meninos correndo no mato, perseguindo os lagartos, colhendo bagas para o jantar; e pouco a pouco, em contato com adultos, aprendendo a ser homens e mulheres completos: caçadores, coletores, pescadores, curtidores... Mas, olhando mais atentamente a vida desta tribo, percebe-se que algumas crianças não participam das atividades do grupo: elas permanecem perto do fogo, protegidas no interior da caverna. Elas jamais saberiam se defender dos t
Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco. Há no ar um certo queixume sem razões muito claras. Converso com homens e mulheres que estão entre os 40 e 50 anos, todos com profissão, marido, esposa, filhos, saúde, e ainda assim trazem dentro deles um não-sei-o-quê perturbador, algo que os incomoda, mesmo estando tudo bem. De onde vem isso? Anos atrás, a cantora Marina Lima compôs com o seu irmão, o poeta Antonio Cícero, uma música que dizia: "Eu espero/ acontecimentos/ só que quando anoitece/ é festa no outro apartamento" . Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligado na grama do vizinho. As festas em outros apartamentos sã
Existem dias em que o regresso à vida é penoso e aflitivo. Deixamos o domínio do sono contra a vontade. Nada aconteceu, exceto a percepção de que a realidade mais profunda e mais verdadeira pertence ao mundo do inconsciente. Assim, certa manhã abri os olhos involuntariamente, lutando freneticamente para recair naquela condição de felicidade em que o sonho me havia envolvido. Fiquei tão magoado ao me encontrar acordado que cheguei à beira das lágrimas. Fechei os olhos e tentei mergulhar de novo no mundo em que havia sido tão cruelmente expulso. Foi inútil. Tentei todo artifício que conhecia, mas fui tão incapaz na realização do truque como alguém que tentasse interromper uma bala no ar e devolvê-la ao tambor vazio de um revólver. O que ficou, porém, foi a aura do sonho; nela eu me demorei com volúpia. Alguma filidade profunda havia sido preenchida, mas antes que eu tivesse tempo de ler o seu significado, passavam uma esponja na lousa e eu era expulso, lançado num mundo cuja solução para