
E as cervejas... Essa adoravel sedutora de gosto amargo que tento evitar e não consigo. Bebida da qual me é a única amiga para as horas em que estou insalubre com a minha vida. Tentei, como tentei deixar esse deleite, mas como poderia ser possível ignorar a única coisa que me faz aceitar os fracassos, angustias e minhas dores, mesmo que seja por momentos, simples momentos, como se ela fosse a única fuga, a única solução, a única dose de ilusão, da falsa fantasia, diante de minhas tristes verdades, das únicas verdades. Os monstros que acompanham-me quando estou embriagado estão a espreita esperando meu único vacilo, eles me acompanham, me amedrontam e me atordoam, mas sigo mesmo assim, tentando vez ou outra tomar as rédeas dos meus caminhos, sem me preocupar com tudo que eles me fazem, mas só quando estou sóbrio.
AUTOR: JB